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A importância de preservar bens culturais, sem necessariamente reproduzir seus ambientes

Nenhuma outra tipologia de empreendimento terá mais sorte do que os resorts. Eles são definidos, em princípio, como lugares bonitos, revigorantes e inesquecíveis.

Tivemos a sorte de desenvolver, ao longo da última década, design para muitos tipos diferentes de resorts. High-end, popular, eco, urbano, timeshare, fracionário, exclusivo e até mesmo misturado com parque temático, pista de esqui e senior living, ao mesmo tempo. Ainda assim, todos eles têm algo em comum: baixa densidade, acesso exclusivo, cenário incrível com vista para ou dentro de patrimônios naturais ou culturais surpreendentes.

Pode-se pensar que isso torna a vida mais fácil quando se trata de traçar a estrutura de um empreendimento, mas nem sempre é assim. Na verdade, é geralmente doloroso lidar com terrenos ambiental ou culturalmente sensíveis, como sempre são os resorts, às vezes ambos ao mesmo tempo.

Lições aprendidas de projetos de resort em lugares fantásticos.

Nós da CONDE Urban Design desenvolvemos recentemente um plano diretor para um terreno inclinado à beira do Mar Mediterrâneo. A paisagem natural ricamente texturizada combinada com a presença de uma forte história e linguagem arquitetônica forneceu inspiração para o planejamento e design. Com o seu cenário dramático, a localização ofereceu uma variedade de vistas para paisagens naturais.

Os códigos de construção locais que devíamos seguir, no entanto, baseiavam-se na idéia de reproduzir uma tipologia que reflete um momento específico da história do país, e não refletiam a densidade e o ambiente de um resort. Essas eram mais tipologias urbanas, para assentamentos mais densos, que deveríamos aplicar a uma área quase rural!

Ao longo do processo de design, as questões de forma permaneciam no foco das atenções, e tínhamos que adaptar o programa aos tipos de edifícios, e aqueles às restrições da topografia. A idéia era parecer natural, apenas por ser natural, significando não estar limitado a uma linguagem estética particular, artificial, e sim seguindo o ambiente natural.

Ao fazer isso, pudemos nos concentrar na preservação do terreno, com uma implantação dos edifícios mais flexível. Atenção especial foi dada à preservação da existentes, à proteção dos restos arqueológicos, à manutenção da hidrologia natural do local, à orientação dos prédios e à eficiência energética do local.

No final do dia, não ser restritivo trabalhou em favor da preservação, e foi encontrado um equilíbrio adequado entre a conservação cultural e ambiental.