Você já ouviu falar em “distrito turístico”? Muito comuns nos EUA, os chamados Tourism Improvement Districts (TIDs) têm como objetivo aumentar a visitação em determinada área de um município, utilizando como chamariz a construção de restaurantes, hotéis, parques e outras atrações que movimentam quem busca opções de lazer na cidade.
O modelo de negócio, que surgiu em West Hollywood (primeiro distrito turístico norte-americano), tornou-se uma importante fonte de receita, aumentando o potencial turístico de muitas cidades. Os municípios que possuem regiões caracterizadas como distritos turísticos tiveram entre 21% e 633% de incremento de renda, segundo estudo do Instituto Civitas.
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No Brasil, mais especificamente na cidade de São Paulo, podemos pensar nos distritos turísticos como uma forma de revitalizar espaços. Um bom exemplo é o bairro da Liberdade: apesar de já possuir uma economia forte, visual vibrante e localização privilegiada, as noites na região costumam ser bem vazias.
A instalação de novos atrativos na Liberdade pode trazer olhares e investimentos não apenas para o bairro, mas para a região central como um todo. E vale lembrar: a ideia de um distrito turístico não é mudar a atmosfera do local, mas sim valorizá-la ainda mais.
Quando nasce um projeto desse tipo, existe um estudo muito cuidadoso por trás. A modernização faz parte, mas a cultura da região tem que ser preservada e aproveitada. São Paulo é uma das muitas cidades brasileiras com grande potencial para a criação de distritos turísticos, afinal, cada esquina paulistana tem histórias de todos os tipos e memórias que merecem ser celebradas.